Planejamento do tempo em projetos: Diferenças entre Trabalho x Duração x Prazo
- Viviane Sofiste

- 5 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Você já se viu às voltas durante a elaboração de um cronograma ao notar que as datas de início e fim do seu projeto parecem não condizer com a duração apresentada? Já ficou com aquela pulguinha atrás da orelha pra explicar pro chefe qual a duração total do seu projeto? Ou ainda, qual o prazo em que o projeto deve ser executado?
Se você já viveu (ou está vivendo) esse dilema, não se preocupe! Você não é o único e essas pequenas confusões são mais comuns do que se imagina no ambiente de planejamento.
Isso acontece porque existem três conceitos distintos que quem está planejando uma obra (ou um projeto de qualquer natureza) precisa entender muito bem e que são facilmente confundidos: Trabalho é diferente de duração, que é diferente de prazo. Vou explicar:
Trabalho está associado ao esforço. É o tempo que uma tarefa leva para ser executada, ou ainda, a quantidade de esforço necessária para a execução desta tarefa. Quando falamos de trabalho, não estamos pensando ainda no calendário, em quantos feriados ou dias não úteis irão existir, ou quantas pessoas vão executar a tarefa. Estamos pensando apenas no esforço necessário para executa-la isoladamente.
Já quando pensamos no conceito de duração, estamos pensando no período de tempo em que esta tarefa será executada. A duração independe do calendário. Ela considera apenas os períodos (horas) efetivamente trabalhados, não incluindo os períodos de descanso ou de interrupções. Aliás, o ideal é que a duração seja mensurada em horas, pois assim se adequará aos diferentes tipos de calendários que possam ser adotados. A duração pode variar em função da quantidade de recursos que serão alocados na tarefa, uma vez que Duração= Trabalho (h) / Quantidade de recursos. Por exemplo: Se eu precisar realizar 500 m² de pintura, e o trabalho (esforço) para execução de 1m² desta tarefa é de 0,79 horas de pintor, podemos ter as seguintes durações em função da quantidade de recursos empregada:

A partir deste entendimento, entramos em nosso terceiro conceito: O prazo.
Vimos que é uma boa prática mensurar a duração em horas para que a tarefa se adeque ao calendário. Imagine que para o projeto A, um dia útil pode conter 8 horas de trabalho. Já para o projeto B, por alguma restrição inerente apenas a este projeto, um dia útil pode conter apenas 6 horas de trabalho. Este mesmo entendimento pode ser estendido para outras unidades de tempo como dias, meses e anos. Vamos exemplificar:
Uma determinada tarefa pode durar 6 dias úteis, mas ser executada num prazo total de 8 dias dependendo do calendário adotado no projeto.
Se adotarmos uma semana de 5 dias úteis, a tarefa com duração de 6 dias úteis teria um prazo total de 8 dias para ser executada. Veja:
Exemplo 1:

Caso ainda houvesse um feriado (dia não útil) nesta semana de trabalho, o prazo desta tarefa poderia se estender mais ainda, como no exemplo 2, totalizando 9 dias.
Exemplo 2:

Sendo assim, podemos afirmar que o prazo é o tempo total decorrido para execução da tarefa, considerando um calendário com dias úteis, não úteis e eventuais períodos de folga ou de interrupções.
Então? Este artigo foi útil para você? Seus comentários e dúvidas serão bem-vindos!
Até a próxima!








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